|
Night Shift são uma das mais recentes bandas terceirense, as suas sonoridades situam-se claramente no Heavy Metal. A banda formou-se em 1996, mas só em 1998 é que os Night Shift fizeram-se em bicos de pés no panorama musical terceirense. "Almost Utopia" é o prometido título para a cassete de demonstração dos Night Shift que incluirá quatro temas originais a serem gravados nos estúdios MMMusic em São Miguel. Durante a conversa abaixo transcrita, os Night Shift partilharam um pouco das suas ideias com esta zine.
O vosso nome faz recordar um jogo de computador já muito antigo, tem alguma coisa a haver com o vosso nome?
Nighshift, foi um nome retirado de um "tazo" (brinde oferecido nos aperitivos), ao princípio não suava a muito, mas agora já se ouve. Também em grupo temos um gosto comum, que é gostar da noite. A nosso ver o nome fica muito bem na banda e gostamos muito dele.
Em que ano é que a vossa banda se formou e qual era na altura a formação da banda?
A nossa banda começou-se a formar em 1996, própriamente apartir de Junho de 1996. Nequela altura a banda juntava-se com a seguinte formação: Miguel Silva (guitarra ritmo/solo e voz), Nuno Tiago (bateria), Tiago Silva (guitarra solo/ritmo) e Freddy (viola-baixo). Ao longo do tempo e com muito poucos ensaios o Nuno começou a perder o interesse pela banda por não gostar do Freddy. Então é aí que Rincão entra em cena. Todos os membros da banda concordaram com a entrada de Rincão para a viola-baixo. Até agora a banda têm-se aguentado muito bem. Mas atenção continuámo-nos a dar bem com o Freddy (risos).
A banda participou no Workshop efectuado o ano passado, acham que isso foi importante para a banda?
O workshop foi uma das iniciativas mais produtivas da Câmara até hoje, a nosso ver, não só porque permitiu que os seus particiapantes tenham tido contactos com outras pessoas que gostam de música vindas de outras ilhas, o que facilmente quebrou barreiras inter-ilhas que ainda se vêem hoje em dia. Além disso adquiriou-se um verdadeiro conhecimento de como se desenvolvem as coisas no mundo da música, com um pequeno curso de management. Para quem teve a mente aberta e esteve verdadeiramente interessado em desenvolver as suas capacidades como músico, não só a nível interior como exterior, para todo o mundo, o workshop abriu os olhos de como o mundo da música é bom, mas também tem as suas dificuldades. Mas como nós dizemos, "nada é impossível".
Estilo musical e influências
Segundo a vossa biografia auto-denominam-se como uma banda de Heavy Metal melodioso, é este o vosso estilo de música?
A banda não se auto-denomina de nada, não sabemos muito bem o que é o estilo Heavy Metal. Ao princípio pensávamos que tocávamos Heavy Metal, mas denominaram-nos de Speed Metal, mais tarde de Thrash Metal, tanto quanto sabemos, tocamos música pesada com melódia harmoniosa, gostamos de o que fazemos e acho que é o que verdadeiramente interessa. Tudo o que se desenvolde na banda, é por gosto à música e tudo o que lhe diz respeito, sinceramente não pudemos ter um rótulo, como tocamos lento e melódico. De qualquer maneira tocamos pesado, achamos que tocamos dentro do Heavy Metal e isso é o que interessa. Estamos a começar a arranjar o nosso próprio som.
Quais são as bandas que mais os influênciam?
Não pudemos dizer que somos influênciados por algum tipo de bandas, com um reportório de dez temas originais, mas pudemos dizer que trouxemos alguma coisa para as nossas primeiras músicas, como é o exemplo do tema "Narrativa" e "Utopia", mas não é nada notório. É claro que não "fazemos ouvidos de mercador" aos comentários que fazem por aí por fora, como por exemplo dizerm que somos cópias de Megadeth e Metalica. Se repararmos bem até nem é mau já que os Megadeth e os Metallica são os Deuses do Metal, mas também a nossa banda não liga a esses pequenos comentários desnecessários...
Espectáculos ao vivo
Quando é que a banda actuou pela primeira vez ao vivo?
A banda actuou ao vivo pela primeira vez, na freguesia do Desterro, no dia 9 de Setembro de 1998 numa festa particular da frequesia. Os Night Shift tocaram uma vez no café "Boa Viagem", quando os Karma lá tocaram. Foi apenas uma brincadeira em que se tocou o "Orgasmatron" dos nossos conhecidos Motorhead.
Em diversos concertos a banda tem uma atitude muito critica em relação ao público "metáleiro", o porquê dessa atitude?
Desculpa, mas com essa pergunta só podes ter assistido a um concerto que se deu no Cerrado do Bailão e que foi organizada pelo nosso "querido colega", Jorge. Nesse concerto tentámos levar um lote de músicas, mais comerciais para ver a reacção do público , mas... sem comentários. Admitimos que fizémos muito mal e quando acabamos de tocar, decidímos que no próximo dia de concertos iríamos pedir desculpa ao "nosso" público que é pouco, mas que vale muito para nós, mais uma vez pedimos desculpa. Prometemos que não o tornamos a fazer.
Quanto a actuações ao vivo, tem algumas datas marcadas para este Verão?
Sim, temos algumas em festas particulares de frequesisas, também tocaremos nas Sanjonaninas’99 e estamos à espera de mais umas respostas.
O reportório é consituido por muitas originais, que pretendem fazer com estas originais, gravar está nos vossos objectivos?
Sim, gravar está nos nossos objectivos e a data da nossa cassete de demonstração de estreia já está marcada, será na primeira semana de Setembro em São Miguel no estúdio da MMmúsic. Serão gravados quatro temas originais e em princípio está cassete terá o título de ".... Almost Utopia".
Numa entrevista mais tarde já poderemos falar melhor, sobre este assunto não não podemos adiantar mais nada.
Qual é a opinião da banda sobre o relacionamento entre as diversas bandas terceirenses?
Nós achamos que a inveja e excessiva competetividade reinam entre as bandas, nós tentamo-nos dar sinceramente bem com todas as bandas, damo-nos expecialemtne muito bem com uma grande banda e nossa amiga, os C.H.C., estes sim têm-nos ajudado muito, sentimo-nos bem com outras bandas e gostamos de trocar ideias, o nosso meio é muito pequeno para parvoice como essas. Atém como prova dessa tentativa de darmo-nos bem com as outras bandas, abrigamos com modéstica os Kaos, emprestamos os nossos amplificadores a qualquer banda, coisa que nem todas o fazem, também em qualquer concerto o baterista serve de "roadie" para os outros bateristas. Isto tudo para dizer que se alguma banda precisar de alguma coisa poderáo vir falar connosco, porque se pudermos ajudaremos.
E claro qual é a vossa opinião sobre o panorama musical terceirense e açoriano?
Nós achamos que aqui nos Açores uma banda que não toque "Pimba" não tem futuro. Há muitas pessoas que ajudam, mas ao mesmo tempo há quem destrua a vontade dessas mesmas pessoas, isto claro a nível terceirense. A nível açoriano(São Miguel) a música é bem melhor ao menos no que diz respeito às iniciativas e por isso saem bandas muitos superiores às nossas. Como se costuma a dizer "Portugal dos pequeninos", mas neste caso é "Terceira dos pequeninos".
Contacto: The Night Shift Manager, A/c Sérgio Borba, Apartado 402, 9700-1 Angra do Heroísmo