The Morbid Metal Webzine
EDIÇÃO DO MÊS DE JUNHO DE 1999 - RENOVADA DIÁRIAMENTE



Entrevistas: actualizado a 6 Jun   
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Sirius a nova aposta da internacional Nocturnal Art Prods.


"O mais brilhante céu nocturno..."



Numa passada edição esta noticíou a assinatura da banda portuguesa de Black Metal , Sirius pela editora internacional Nocturnal Art Prods. Desta feita dá-mos o destaque máximo a este projecto. A banda formou-se no ano de 1994, quando Draconiis criou o projecto Sirius que naquela altura não passava de um projecto a solo deste último. A criação da banda surgiu devido à necessidade de exprimir sentimentos que o Metal o fazia sentir. Já em 1997, dois guerreiros que partilhavam a mesma inspiração do membro fundador, Raven e Vukoblack que já tinham sido colegas num outro projecto chamado Twilight, juntaram-se a Draconiis no projecto Sirius, podendo assim trabalhar em velhos poemas e composições. Mas mesmo assim a banda encontra-se incompleta devido à falta de um vocalista, factor que não fez os Sirius deixar a trabalhar, chegando mesmo a gravar uma promo-track intítulada, "Fiery Strife At The Cosmic Gates of Armageddon". Tivémos acesso a esse registo e constatou que se tratava de um tema intrumental. Este registo foi distribuído através de uma edição limitada de 100 cópias. Apesar da qualidade sonora não ser das melhores, levou ao interesse de várias editoras underground, de entre as quais os Sirius escolheram a Andromeda Creations para a edição do que seria a sua primeira demo-tape Depois da assinatura em 1998, com a referida editora, Sirius encontrou então um vocalista para a banda, de seu nome Lord Gornoth. A edição da demo-tape aconteceu no dia 3 de Decembro de 1998, tanto em Portugal, como a nível internacional. Levando a banda a alistar nas suas fileiras o baterista Flame e o guitarristas Barzh. Após diversas negociações com várias editoras, Sirius chega a acordo com a prestigiada editora norueguesa, Nocturnal Art Prods. Tornando assim a banda Sirius numa das revelações do Black Metal nacional. O membro fundador dos Sirius, Draconiis falou com esta zine partilhando os momentos de euforia que se vivem no ceio da banda.

SIRIUS, dá uma certa ideia de ancestral, o porquê do vosso nome?
O nome da banda é o que melhor espelha a sua essência astral, já que SIRIUS é a estrela mais brilhante do céu nocturno... á uma ligação ao ancestral, principalmente a antigas culturas como a egípcia ou a suméria, que tinham uma especial relação com esta estrela.

Gostaria que explicasse aos nossos leitores, como a banda SIRIUS começou. Pelo que sei iniciou-se com um projecto a solo.
Sim, SIRIUS começou como um projecto meu, há uns anos atrás. Mais precisamente em 1994.

Qual o motivo que o levou a convidar o Raven e o Vukodlack em 1997?
Tocávamos juntos nessa altura, noutro projecto chamado Twilight, que terminou não muito tempo depois. Achei que eram as pessoas certas para ocupar as respectivas funções na banda.

Depois como trio, os SIRIUS começam a trabalhar em antigos poemas seus. Isto leva-me a perguntar qual o conteúdo lírico das suas músicas?
O conteúdo lírico lida com o conceito cósmico, multi-dimensional que caracteriza a banda, sendo as letras directa ou indirectamente influenciadas por resultados de algumas técnicas de desenvolvimento espiritual. No entanto, mais explicações sobre a essência da banda, achamos que só a nós dizem respeito, pelo que apelamos à interpretação por parte dos ouvintes, pois não iremos guiar ninguém ao núcleo dessa essência.

Mais tarde a banda decide então gravar um tema de promoção intitulado "Fiery Strife At The Cosmic Gates of Armageddon", mesmo sem vocalista, fala-me um pouco sobre este registo e qual a princial razão que vos levou a gravar sem um vocalista?
O tema promocional foi feito apenas com a intenção de distribuir por algumas editoras e amigos, tinhamos muito pouca disponibilidade na altura, e acabámos por não ter tempo de concluir a gravação das vozes. No entanto, o vocalista nessa altura era o Raven.

O que sentiram ao verificarem que a vossa gravação caseira de apenas um tema despertou a atenção de diversas editoras underground, tendo assinado posteriormente pela Andromeda Creations?
A reacção foi sem dúvida espantosa, tendo em conta a qualidade da gravação e os recursos disponíveis. Decidimos assinar pela Andromeda Creations, pois eu conhecia bem a pessoa responsável pela editora, e o trabalho que tinha desenvolvido com Angrenost tinha saído bastante bem, pelo que não tivemos dúvidas que seria o melhor a fazer. Foi a editora perfeita para este lançamento.

Após isso a banda finalmente trouxe para as suas fileiras um vocalista Lord Gornoth, o porquê desta escolha?
O Gornoth era amigo da banda há algum tempo, e tinha já alguma experiência adiquirida em outras bandas e por outro lado dedica-se sempre 100% ao que faz... foi a melhor escolha.

Já em 1998 a banda entra no estúdios Forlorn para a gravação da sua demo-tape, como foi esta experiência para voçês?
Foi uma boa experiência... adiquirimos alguns conhecimentos, embora algumas coisas não tenham corrido como desejávamos, o resultado final foi bastante satisfatório, embora hajam vários aspectos sobre os quais estamos bastante empenhados em corrigir.

A 3 de Decembro de 1998 a vossa demo-tape vê a luz do dia, como foi a recepção à vossa demo em Portugal e fora dele, pois o "Musicalidades" tem conhecimento que a demo-tape foi editada no estrangeiro? O "Musicalidades" sabe igualmente que foi considerada "a demo-tape do ano" e dando títulos à banda como " a melhor banda portuguesa".
A recepção foi bastante boa a nível nacional, e excelente no estrangeiro. Tivémos algumas reacções negativas cá, ao início, mas temos consciência de estas últimas serem resultado de inveja e certa frustração, mais do que uma crítica atenta ao nosso som. As reacções mudaram radicalmente de tom, principalmente depois de termos conseguido contracto no estrangeiro e algum tempo de antena em programas de rádio com alguma influência.

Pode-me falar um pouco sobre a entrada do baterista Flame e do guitarrista Barzh. As entradas dos respectivos membros foram resultado de uma necessidade a nível de expressão artístico ao vivo, ou seja, nos concertos. Entretanto o Flame saiu da banda para dar lugar a um novo baterista que será apresentado em devida altura.

A nível de concertos como vai a banda?
A nível de concertos, estamos parados por agora, pelo menos até completarmos as gravações do album. Queremos concentrar-nos no que estamos a fazer, para que saia o melhor trabalho possível.

Como surgiu então o interesse e a oportunidade de assinarem contracto com a prestigiada editora Nocturnal Art Productions, que incorpora nas suas fileiras bandas como Emperor e Limbonic Art, esperavam este contracto?
Sinceramente esperávamos conseguir contracto com uma boa editora estrangeira. Tivémos alguns contactos de editoras bem conhecidas do panorama internacional, e resolvemos optar pela Nocturnal Art Productions, por ser uma editora séria que tem desenvolvido um trabalho notável com as suas bandas ao longo dos anos, e que oferece boas condições de trabalho. Julgamos por tudo isto, ser a melhor escolha.

Para terminar gostaria de saber o que me pode adiantar sobre o vosso 1º CD?
Não posso adiantar muito, nesta altura, ainda estamos relativamente longe do que pensamos ser a altura em que o album será lançado, talvez no mês de Novembro ou Dezembro. Posso no entanto adiantar que será intitulado "Aeons of Magick" e que a nível musical poderá ser uma surpresa para alguns.



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